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Às vezes eu acho...

>> quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Que Murphy, lá no fundo, gosta de mim. Acho que o que ele faz comigo é testar minha paciência, minha vontade. Quando eu não quero algo muito e Murphy entra no meu caminho, ele vira minha desculpa. Eu assumo isso, é um dos meus inúmeros defeitos. "Porque Murphy isso, Murphy aquilo, Murphy não deixa".

Se eu quero, não tem Murphy que me segura. Não tem nada que me segure. Sou muito focada, assim como sou escorregadia.

E, de vez em quando, Murphy vem e me dá uma mão. Ele tem me dado algumas "mãos" ultimamente (sempre como uma calma depois da tempestade, e não antes), e eu não posso reclamar tanto assim. Mas eu reclamo, porque, na hora da raiva, a culpa é dele de qualquer maneira.

/reflexão

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Ansiosa, eu?

>> terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Sou ansiosa. Daquelas que comia unha e parou porque já não tinha mais unha direito. Hoje, como os corinhos da unha. É nojento, eu sei, mas minha unha cresceu.

Sou uma daquelas ansiosas que nunca é ansiosa quando é normal ser. Andei de avião pela primeira vez, sozinha, sem um pingo de ansiedade. Comecei a trabalhar, fiz vestibular, me formei, falei na primeira reunião, fui oradora e comecei na faculdade. Nada.

Acho que sou ansiosa alheia. E por ficção. Sou muito ansiosa pelos outros, é parte dessa coisa que eu tenho de me contagiar com alegrias, tristezas, frustações, vitórias e derrotas alheias. Fico ansiosa ao ponto da gastrite, de dar vontade de vomitar, de suar frio e ficar com dor de cabeça.

Fico ansiosa em casamentos (ou ficava, não vou em um casamento há tempos), na formatura dos outros, esperando por notícias de entrevistas, de telefonemas, de e-mails. Fico muito ansiosa em final de livro que tem continuação, em cenas tensas de filmes ou seriados e em histórias investigativas.

Descobri que minha ansiedade era engraçada assim só dia desses: estava escrevendo uma cena para um livro em conjunto com minha cunhada e senti aquela agitação que vem com a sensação de ansiedade. Pensei que era bobeira ficar ansiosa assim quando nem mesmo estávamos tentando publicar ainda... Só depois, recebendo a parte dela e começando a escrever a minha, percebi que a sensação tinha a ver com o momento que os personagens viviam. Estava ansiosa para saber qual seria o próximo passo deles no papel (mesmo que na teoria estivesse decidido). Depois, livro pronto e edição começada, começamos a procurar informações sobre publicação. Nunca me senti tão tranquila na vida!

Minha amiga Anne disse na semana passada que sou ansiosa porque me envolvo, e eu até concordo com ela. Só sou ansiosa por ter a habilidade de me colocar no lugar do que me deixa assim. Foi nesse dia que descobri que a merda desse defeito virou uma qualidade. E eu que me odiava por ser ansiosa?

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